MUÁ
2023
Huile sur toile
160x100cm
Exposição Coletiva QUANDO A CASA ESTREMECE
Curadoria: Lilian Maus - Local: A sala Galeria UFPEL
Artistas: Elida Tessler, Adauany Zimovski, Adriene Coelho, Aline Farias, Betina Nilsson, Bruna Salamin, Carmem Salazar, Elissa Seadi, Fernanda Gassen e Michel Zózimo, Isabelle Baiocco, James Zortéa, Jess S. S., Juliana Gonzalez, Laura Fagundes, Leonardo Lopes, Lia Menna Barreto, Luciane Bucksdricker, Marcela Pardo, Marla Pritsch, Maya Bardini, Milena Castro, Pedro Dalla Rosa, Sol
Artistas: Elida Tessler, Adauany Zimovski, Adriene Coelho, Aline Farias, Betina Nilsson, Bruna Salamin, Carmem Salazar, Elissa Seadi, Fernanda Gassen e Michel Zózimo, Isabelle Baiocco, James Zortéa, Jess S. S., Juliana Gonzalez, Laura Fagundes, Leonardo Lopes, Lia Menna Barreto, Luciane Bucksdricker, Marcela Pardo, Marla Pritsch, Maya Bardini, Milena Castro, Pedro Dalla Rosa, Sol
Em QUANDO A CASA ESTREMECE, Lilian Maus, professora da UFRGS e curadora da exposição coletiva que reúne vinte e quatro artistas na galeria A SALA, parte de suas experiências de ensino e aprendizagem nesta que foi a sua primeira casa de formação artística: o Instituto de Artes da UFRGS – que completa 115 anos de existência. Presta, na mostra, uma homenagem a duas importantes referências na sua formação: Elida Tessler e Lia Menna Barreto, traçando diálogos com seus contemporâneos e estendendo essa conversa até estudantes e egressos de quem foi ou ainda é professora, além das convidadas especiais com quem compartilha pesquisas. Os trabalhos apresentados alegorizam os ambientes da casa: a recepção de entrada, o quarto, a cozinha, a sala, o pátio, o jardim, a fachada. A mostra inclui obras desenvolvidas em cerâmica, tecido, bordado, crochê, livro, fotografia, vídeo, desenho e pintura. Esses objetos nos remetem ao nosso imaginário doméstico.
Reza a lenda que Lampião, ao ter sua casa queimada, disse: “minha casa é o meu chapéu!” Para alguns, a morada pode se resumir à memória que se carrega no corpo. Nesse sentido, nosso primeiro abrigo é nossa mãe. Com o tempo, tornam-se ninho também as pessoas de nosso círculo íntimo. Depois vem o lar da escola. E o que levamos desse convívio na casa do saber? Habitamos uma concha, ela rola no rio. Chega a correnteza. É preciso pedir licença para entrar? Esperamos por boas-vindas? Por vezes, essa casa também inunda, já noutras incendeia. Vêm as despedidas. Arte não é só saber. O estudo profundo, já dizia o poeta Caeiro, é uma eterna aprendizagem do desaprender. Sopra no jardim o vento. O casulo estremece. O corpo pulsa. A liberdade voa. A casa alada cai.